Aos sócios que habitualmente se reúnem para jantar todas as terceiras quintas feiras de cada mês juntaram-se mais algumas dezenas de entusiastas do Desporto para ouvir como se desenvolve a preparação da missão olímpica para os Jogos de Tóquio 2020.

 

Marco Alves, chefe de missão aos Jogos Olímpicos de Tóquio, e Pedro Roque, diretor desportivo do Comité Olímpico de Portugal, foram os oradores desta sessão. Os Jogos Olímpicos de Tóquio irão decorrer em julho e agosto de 20010, durante 17 dias, com a participação de atletas representando 206 diferentes comités olímpicos nacionais. Coube a Marco Alves explicar como se desenvolve o planeamento da missão portuguesa, cujo trabalho começou há três anos e terá os seus decisivos momentos após a abertura da aldeia Olímpica.

Segundo este orador, para esta edição “tivemos a oportunidade de trabalhar estes três anos como nunca tinha acontecido”, uma vez que houve a possibilidade de nos apresentarmos já em diversas missões (incluindo campeonatos do mundo) com as “maiores representações de sempre”. Ora, “tudo isto é treino”. O trabalho da atual missão começou com o acompanhamento dos processos de qualificação até ao processo de acreditação dos atletas, passando pelas reuniões com o Comité Organizador e com o Comité Olímpico Internacional. Entre outras tarefas, a missão vem trabalhando sobre as diversas áreas de intervenção, como viagens, localização dos alojamentos, gestão da Aldeia, logística, alimentação e aplicação do regulamento de Missão.

 

Por seu lado, Pedro Roque revelou-se satisfeito com o facto de, considerando as qualificações já alcançadas e as expectativas existentes, a participação portuguesa poder vir a incluir entre 70 a 80 atletas em, pelo menos, 19 diferentes modalidades, dos quais cerca de 40% serão femininos. As perpetivas de “bons resultados” também são motivo de optimismo, propondo-se a missão alcançar pelo menos duas posições de pódio, 12 até ao 8º lugar e 26 entre os 16 primeiros. Para o cumprimento destes objetivos desportivos, a missão vem acompanhando a preparação dos atletas, fazendo avaliações técnicas no contexto específico das modalidades e desenvolvendo o planeamento das qualificações e gestão das cargas de treino. Para os Jogos, propriamente ditos, processam-se desde há um anos métodos de aclimatação dos atletas as condições meteorológicas de Tóquio e perspectivam-se todo o género de problemas que possam surgir na ocasião da estadia em Tóquio.

 

No final, após um participado debate da interessada audiência, com perguntas e respostas, os oradores receberão das mãos do presidente do Panathlon Clube de Lisboa, José Esteves, o habitual diploma de agradecimento pela sua participação nesta sessão.